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quarta-feira, 11 de junho de 2014

O Avanço das Idéias Republicanas

Entre as influências assimiladas pela cultura e pensamentos brasileiros

estava uma corrente filosófica conhecida como positivismo, criada pelo pensador francês Auguste Comte (1798-1857).
Segundo o positivismo, a humanidade deveria passar por sucessivas 
etapas que levariam ao progresso constante, o que no século XIX, por 
causa do grande desenvolvimento científico e tecnológico, rendeu muitos 
adeptos à teoria.

De fato, à época, ocorria uma verdadeira revolução tecnológica, com o avanço das comunicações e a invenção do telégrafo, do telefone, de diversos meios de transporte, da navegação a vapor, do automóvel, da eletricidade, etc. Tudo isso, aliado ao crescimento dos centros urbanos, parecia ilustrar o progresso anunciado pelo positivismo.
Todos os inventos e avanços pareciam dar razão à teoria positivista, que, por sua vez, levava seus adeptos a interpretarem a Proclamação da República como uma representação de “progresso”, e a monarquia, como uma representação do “atraso”.
Ainda que uma parte da elite não tivesse aderido ao positivismo, a república era vista como algo moderno, tendo em vista que a França, grande modelo das classes ricas, adotara esta forma de governo em 1848.
Para muitos representantes da elite, a república seria a forma de governo que levaria o Brasil à modernidade já alcançada na França.
Apesar disso, a elite não apoiava a participação do povo no novo sistema de governo, diferentemente do que ocorrera na França, em que o processo de mudança de governo teve grande participação das classes populares.
A elite republicana brasileira temia que a participação das camadas populares no processo levasse a medidas extremas, como a condenação de opositores à guilhotina, a exemplo do que ocorreu na França durante a Revolução Francesa, preferindo a implantação da nova forma de governo sem apelar para a revolução. 

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