O Avanço das Idéias
Republicanas
Entre as influências assimiladas pela cultura e
pensamentos brasileiros
estava uma corrente filosófica conhecida como
positivismo, criada pelo pensador francês Auguste Comte (1798-1857).
Segundo o positivismo, a humanidade deveria passar por
sucessivas
etapas que levariam ao progresso constante, o que no século XIX, por
causa do grande desenvolvimento científico e tecnológico, rendeu muitos
adeptos à teoria.
De fato, à época, ocorria uma verdadeira revolução
tecnológica, com o avanço das comunicações e a invenção do telégrafo, do
telefone, de diversos meios de transporte, da navegação a vapor, do automóvel,
da eletricidade, etc. Tudo isso, aliado ao crescimento dos centros urbanos,
parecia ilustrar o progresso anunciado pelo positivismo.
Todos os inventos e avanços pareciam dar razão à teoria
positivista, que, por sua vez, levava seus adeptos a interpretarem a
Proclamação da República como uma representação de “progresso”, e a monarquia,
como uma representação do “atraso”.
Ainda que uma parte da elite não tivesse aderido ao
positivismo, a república era vista como algo moderno, tendo em vista que a
França, grande modelo das classes ricas, adotara esta forma de governo em 1848.
Para muitos representantes da elite, a república seria a forma
de governo que levaria o Brasil à modernidade já alcançada na França.
Apesar disso, a elite não apoiava a participação do povo no
novo sistema de governo, diferentemente do que ocorrera na França, em que o
processo de mudança de governo teve grande participação das classes populares.
A elite republicana brasileira temia que a participação das
camadas populares no processo levasse a medidas extremas, como a condenação de
opositores à guilhotina, a exemplo do que ocorreu na França durante a Revolução
Francesa, preferindo a implantação da nova forma de governo sem apelar para a
revolução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário