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quarta-feira, 11 de junho de 2014

A insatisfação das elites





A atração das elites pelas ideias republicanas ocorria também por sua insatisfação com a monarquia a partir da segunda metade do século XIX.
As elites eram formadas por proprietários de terra, empresários (banqueiros, industriais, etc.) e grandes comerciantes e, tendo em vista a diferença entre os grupos sociais, tiveram diferentes motivações no apoio à república.
Havia fazendeiros a favor e contra a abolição de escravos, entretanto, a vontade de uma maior participação na vida política acabou unindo as duas partes no apoio à nova forma de governo.
Assim, alguns dos integrantes da elite cafeeira se uniram para a criação do Partido Republicano Paulista, em 1873, ampliando o movimento pela república. Pouco antes, em 1870, outro partido republicano já havia sido criado no Rio de Janeiro.
No final da década de 1880, muitos cafeicultores do Vale do Paraíba  e de outras regiões do Brasil encontravam-se decadentes e endividados,  tornando-se totalmente dependentes de favores do governo imperial.
A abolição da escravidão, em 1888, aumentou a crise da elite rural, que ainda se apoiava na monarquia.
Indignados com a Lei Áurea, os fazendeiros exigiam que o governo os indenizasse pela perda de seus trabalhadores escravizados e, não tendo a reivindicação atendida, romperam com a monarquia, passando a apoiar o movimento republicano.

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