A atração das elites pelas ideias republicanas ocorria
também por sua insatisfação com a monarquia a partir da segunda metade do
século XIX.
As elites eram formadas por proprietários de terra,
empresários (banqueiros, industriais, etc.) e grandes comerciantes e, tendo em
vista a diferença entre os grupos sociais, tiveram diferentes motivações no
apoio à república.
Havia fazendeiros a favor e contra a abolição de
escravos, entretanto, a vontade de uma maior participação na vida política
acabou unindo as duas partes no apoio à nova forma de governo.
Assim, alguns dos integrantes da elite cafeeira se
uniram para a criação do Partido Republicano Paulista, em 1873, ampliando o
movimento pela república. Pouco antes, em 1870, outro partido republicano já
havia sido criado no Rio de Janeiro.
No final da década de 1880, muitos cafeicultores do Vale
do Paraíba e de outras regiões do Brasil
encontravam-se decadentes e endividados,
tornando-se totalmente dependentes de favores do governo imperial.
A abolição da escravidão, em 1888, aumentou a crise da
elite rural, que ainda se apoiava na monarquia.
Indignados com a Lei Áurea, os fazendeiros exigiam que o
governo os indenizasse pela perda de seus trabalhadores escravizados e, não
tendo a reivindicação atendida, romperam com a monarquia, passando a apoiar o
movimento republicano.
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