República dos Historiadores
Blog tem o objetivo de expressar fatos históricos, direcionar ao público a livros sites sobre material a ser estudado , divulgar filmes com conteúdos históricos, levantar assuntos para posterior debates, registrar temas que causaram marcas sociais e como são refletidos na atualidade.
Pesquisar este blog
quinta-feira, 19 de junho de 2014
PLANO DE AULA
|
|
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
|
|
Escola:
|
Escola Professor João Barbosa
de Almeida
|
Professores Visitantes:
|
Ana Maria Cerquinho, João
Aguinaldo, José Walter Lisboa,
Nadéji Neves da Silva, Katia
Babosa, Luana Espinhara.
|
Disciplina:
|
História
|
Série:
|
3º ano do Ensino Médio
|
Turma:
|
“A”
|
Período:
|
4 horas/aula
|
Data:
|
|
TEMA
|
|
A Proclamação da República do
Brasil
|
|
OBJETIVOS
|
|
Objetivo geral:
|
Ø Analisar o contexto histórico da Proclamação da
República no Brasil em 1889.
|
Objetivos específicos:
|
Ø Identificar as principais características da
sociedade brasileira na época da crise do Império;
Ø Conhecer as principais correntes políticas que
atuaram na crise do Império, principalmente o movimento republicano;
Ø Entender o fim do Império e a Proclamação da
República como consequências de processos históricos e de uma crise
estrutural do regime de dom Pedro II;
Ø Utilizar diferentes fontes históricas realizando
ligações entre o passado e o presente.
Ø Utilizar o blog para incentivar os alunos a
buscar por informações e expressar suas reflexões.
|
CONTEÚDOS
|
|
Ø A queda
da monarquia;
Ø O
avanço das ideias republicanas;
Ø A
insatisfação das elites;
Ø Os
militares e a proclamação;
Ø A
primeira Constituição.
|
|
DESENVOLVIMENTO
DO TEMA
|
|
Primeiro momento: (2
horas/aula)
Ø Realização de um pequeno momento de discursão,
buscando compreender os conhecimentos prévios dos alunos sobre o termo
“Republica”;
Ø Divisão da turma em grupos com cinco integrantes.
Cada grupo receberá uma cópia da História em Quadrinhos sobre a Proclamação
da República, analisando a mesma o grupo deverá pontuar quais grupos
políticos que tiveram destaque na instauração do novo regime;
Ø Após a análise em grupo, serão expostas as
conclusões dos alunos;
Segundo
momento: (2 horas/aula)
Ø Aprofundamento do conteúdo através de aula
expositiva sobre o contexto social do período;
Ø Leitura do artigo de jornal de 15 de novembro de
1889, escrito por Aristides Lobo, analisando a atuação do povo diante da
Proclamação da República: “As camadas populares não participaram do processo
de proclamação porque não entenderam o que estava acontecendo ou devido a não
identificação com o novo regime?”. Neste momento serão discutidas as formas
de consolidação do regime republicano como a formulação de símbolos e heróis
nacionais;
Terceiro
momento: (extraclasse)
Ø Através do blog da turma os alunos deverão
analisar o quadrinho sobre o termo democracia, contextualizando a crítica em
torno do conceito do mesmo com a participação política das camadas populares
durante a instauração do regime republicano e seu reflexo no contexto atual.
Ø Além disso, em outra seção do blog, será
realizada a análise de imagens promovendo-se um debate sobre a situação dos
ex - escravizados após a proclamação da república, onde os alunos deverão
realizar pesquisas.
|
|
RECURSOS
DIDÁTICOS
|
|
Ø
Datashow
Ø
Historia em Quadrinhos
Ø
Artigo de Jornal
Ø
Imagens de símbolos e
heróis nacionais
|
|
AVALIAÇÃO
|
|
A avaliação ocorrera seguindo os seguintes
critérios:
Ø Exposição de conhecimentos prévios;
Ø Participação na atividade em grupo e individual;
Ø Contribuição
nas discussões com argumentos pertinentes.
Ø Participação
no blog, expressando sua criticidade.
Ø Realização
de pesquisa.
|
|
BIBLIOGRAFIA
|
|
Básica:
PELLEGRINI, Marco Cesar. Dias, Adriana Machado.
GRINBERG, Keila. Novo olhar história. 1º Ed. São Paulo: FTD, 2010.
Complementares:
História em Quadrinhos “A Proclamação da
República”, disponível em: http://www.gramsci.org.ar/mafalda/mafalda.htm
Artigo de Aristides Lobo “Acontecimento único”,
disponível em http://www.franklinmartins.com.br/estacao_historia_artigo.php?titulo=o-povo-assistiu-aquilo-bestializado--artigo-de-aristides-lobo-1889
|
quarta-feira, 11 de junho de 2014
A primeira Constituição
A Constituição do Império do
Brasil (oficialmente denominada Constituição Política do Império do
Brasil) de 1824 foi à primeira constituição brasileira. A carta constitucional foi encomendada pelo
imperador Dom Pedro I (até então príncipe real do Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarves), proclamador da independência do Brasil (1822) do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e fundador do império. Tendo
sido outorgada.
A elaboração da constituição do Brasil
de 1824 foi muito conturbada. Logo após a proclamação da independência do Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarves, por Dom Pedro I, em sete de setembro de 1822, ocorreram um
conflito entre radicais e conservadores na assembleia constituinte.
A assembleia constituinte iniciou
seu trabalho em três de maio de 1823, quando o imperador Dom Pedro I discursou
sobre o que esperava dos legisladores. Entre os deputados constituintes havia
22 padres. 1 Uma parte dos constituintes tinha orientação liberal-democrata: queriam
uma monarquia que respeitasse os direitos individuais, delimitando os poderes
do imperador.
D. Pedro I queria ter poder sobre o legislativo através do voto,
iniciando uma desavença entre ambos os pontos de vista.
D. Pedro I mandou o exército invadir o plenário em 12 de novembro de 1823,
prendendo e exilando diversos deputados. Este episódio ficou conhecido como
"noite da agonia".
Feito isto, reuniu dez cidadãos de sua
inteira confiança, pertencentes ao Partido Português, entre
eles João Gomes da Silveira
Mendonça, marquês de Sabará, os quais, após algumas discussões a
portas fechadas, redigiram a primeira constituição do Brasil no dia 25 de março
de 1824, sendo escrito pelo arquivista das bibliotecas reais, o Senhor Luís Joaquim dos Santo Marrocos.
D. Pedro I iria repetir processo de outorga
semelhante quando, dois anos depois, já como d. Pedro IV de Portugal,
participaria da elaboração da constituição.
A constituição de 1824 foi a constituição
brasileira que teve uma vigência mais longa, tendo sido revogada com a proclamação da
república no Brasil, em 15 de novembro de 1889. Esta constituição
apareceu em uma época que vários países adotaram constituições codificadas. A
constituição brasileira de 1824, à época, não poderia ser considerada uma das
primeiras constituições, pois já existiam outras, como as constituições de San Marino (1600, ainda em vigor com emendas), Córsega
(1755), dos Estados Unidos (1787,
ainda em vigor com emendas), da Comunidade Polaco-Lituana (1791), as
constituições francesas do período revolucionário (nove constituições entre
1791 e 1830), da Suécia (1809, ainda
em vigor com emendas), Espanha (1812), dos Países-Baixos (1815, ainda em vigor
com emendas), Grécia (1822, 1823), Noruega (1814, ainda em vigor com emendas),
República Federal Centro-Americana (1824), Argentina (1813, 1819), Chile (1812,
1818, 1823), Venezuela (1811, 1819), Grã Colômbia (1821), Paraguai (1813), Peru
(1822) México (1814, 1821, 1824). A constituição recebeu importantes
modificações por meio do ato adicional de 1834, que, dentre outras alterações, criou as
assembleias legislativas provinciais.
Os militares e a proclamação
A presença de militares na cena política brasileira
ganhou maior importância após a Guerra do Paraguai.
De modo geral, os políticos tradicionais viam a presença
dos militares com muita desconfiança, preocupando-se com a possibilidade de que
eles se tornassem líderes políticos, como havia ocorrido em outros países
latino-americanos.
Quanto aos militares, muitos aderiram ao positivismo e,
assim, aos ideais republicanos.
O principal líder do positivismo e do republicanismo no
Exército brasileiro foi Benjamin Constant, que acreditava que o Exército era a
verdadeira força patriótica brasileira.
Na opinião de Benjamin Constant, cabia aos militares
combater os políticos tradicionais e instaurar a república inovadora e forte
com
base no binômio Ordem e Progresso.
Apesar disso, nem todos os militares que apoiaram a
república eram positivistas, como era o caso de Marechal Deodoro da Fonseca.
A insatisfação das elites
A atração das elites pelas ideias republicanas ocorria
também por sua insatisfação com a monarquia a partir da segunda metade do
século XIX.
As elites eram formadas por proprietários de terra,
empresários (banqueiros, industriais, etc.) e grandes comerciantes e, tendo em
vista a diferença entre os grupos sociais, tiveram diferentes motivações no
apoio à república.
Havia fazendeiros a favor e contra a abolição de
escravos, entretanto, a vontade de uma maior participação na vida política
acabou unindo as duas partes no apoio à nova forma de governo.
Assim, alguns dos integrantes da elite cafeeira se
uniram para a criação do Partido Republicano Paulista, em 1873, ampliando o
movimento pela república. Pouco antes, em 1870, outro partido republicano já
havia sido criado no Rio de Janeiro.
No final da década de 1880, muitos cafeicultores do Vale
do Paraíba e de outras regiões do Brasil
encontravam-se decadentes e endividados,
tornando-se totalmente dependentes de favores do governo imperial.
A abolição da escravidão, em 1888, aumentou a crise da
elite rural, que ainda se apoiava na monarquia.
Indignados com a Lei Áurea, os fazendeiros exigiam que o
governo os indenizasse pela perda de seus trabalhadores escravizados e, não
tendo a reivindicação atendida, romperam com a monarquia, passando a apoiar o
movimento republicano.
O Avanço das Idéias
Republicanas
Entre as influências assimiladas pela cultura e
pensamentos brasileiros
estava uma corrente filosófica conhecida como
positivismo, criada pelo pensador francês Auguste Comte (1798-1857).
Segundo o positivismo, a humanidade deveria passar por
sucessivas
etapas que levariam ao progresso constante, o que no século XIX, por
causa do grande desenvolvimento científico e tecnológico, rendeu muitos
adeptos à teoria.
De fato, à época, ocorria uma verdadeira revolução
tecnológica, com o avanço das comunicações e a invenção do telégrafo, do
telefone, de diversos meios de transporte, da navegação a vapor, do automóvel,
da eletricidade, etc. Tudo isso, aliado ao crescimento dos centros urbanos,
parecia ilustrar o progresso anunciado pelo positivismo.
Todos os inventos e avanços pareciam dar razão à teoria
positivista, que, por sua vez, levava seus adeptos a interpretarem a
Proclamação da República como uma representação de “progresso”, e a monarquia,
como uma representação do “atraso”.
Ainda que uma parte da elite não tivesse aderido ao
positivismo, a república era vista como algo moderno, tendo em vista que a
França, grande modelo das classes ricas, adotara esta forma de governo em 1848.
Para muitos representantes da elite, a república seria a forma
de governo que levaria o Brasil à modernidade já alcançada na França.
Apesar disso, a elite não apoiava a participação do povo no
novo sistema de governo, diferentemente do que ocorrera na França, em que o
processo de mudança de governo teve grande participação das classes populares.
A elite republicana brasileira temia que a participação das
camadas populares no processo levasse a medidas extremas, como a condenação de
opositores à guilhotina, a exemplo do que ocorreu na França durante a Revolução
Francesa, preferindo a implantação da nova forma de governo sem apelar para a
revolução.
A queda da monarquia
A Proclamação da República Brasileira é o evento, na História do Brasil, que instaurou o regime republicano no país, derrubando a Monarquia. Ocorreu dia 15 de novembro de 1889 no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da Aclamação (hoje Praça da República), quando um grupo de militares do Exército brasileiro, liderados pelo comandante marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado e depôs o imperador D. Pedro II. Institui-se então a República, sendo nessa data que o jurista Rui Barbosa assinou o primeiro decreto do novo regime, instituindo um governo provisório.
Na tentativa de reduzir a oposição, cada vez maior, o ministro Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto, elaborou em meados de 1889 um programa de reformas, que incluía: liberdade de culto, autonomia para as províncias, mandatos limitados (não-vitalícios) no Senado, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do Conselho de Estado, entre outras medidas. As propostas de Ouro Preto visavam preservar a Monarquia, mas foram vetadas pela maioria conservadora que constituía a Câmara dos Deputados.
O governo do Império tinha perdido suas bases econômicas, militares e sociais. Porém, as idéias republicanas não tinham ainda grande penetração popular, mesmo às vésperas da proclamação do novo regime. O povo estava descrente da Monarquia, mas não havia, na época, uma crença generalizada na República, como assinala o historiador Oliveira Viana. Por isso, o movimento de 15 de novembro de 1889 não teve participação popular. O povo assistiu a tudo bestializado, sem tomar parte, à proclamação da república.
No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram com o marechal Deodoro da Fonseca, para que ele chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república. Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro concordou em liderar o movimento.
O golpe militar que estava prevista para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado. No dia 14, divulgou-se a notícia (que posteriormente revelou-se falsa) de que era iminente a prisão de Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca. Por isso, na manhã do dia 15 de novembro, Deodoro iniciou o movimento que pôs fim ao regime imperial.
Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Ministério e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto. Na tarde do mesmo dia 15, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República.
Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio. Pensando que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Ministério, o imperador tentou ainda organizar outro, sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva. No dia seguinte, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro entregou a Dom Pedro II uma comunicação, cientificando-o da proclamação do novo regime e solicitando sua partida para o estrangeiro. Três dias depois Dom Pedro II e a família imperial exilou-se para a Europa, mas precisamente em Paris.
Assinar:
Postagens (Atom)